Preparar um quarto de bebê estimula toda a fantasia, além de ser uma atividade extremamente prazerosa. As conversas entre as futuras mamães e os futuros papais (envolvam-se avôs e avós), passam a contar com esse novo assunto todos os dias, a partir da confirmação da notícia da chegada do novo membro da família.
Porém, como dizia a antiga frase de humor, “as crianças tem um defeito: elas crescem!”. Brincadeiras a parte, o que acontece é que toda a dinâmica do quarto se modifica em função desse pequeno(?) detalhe. Daí ser necesséria uma pequena dose de previsão para facilitar as coisas mais tarde.
Um projeto inteligente, nesse sentido, adota um estilo que, com o passar dos anos, comporte novas posições e novos usos, encaixando-se agora num quarto juvenil (a exceção do berço, que, normalmente, é substituído até 2 anos, 3, no máximo). Junte-se a isso a mudança de tecidos e enfeites, e talvez das cores da parede, um caminho comum e eficaz.
Quartos de crianças devem ter como componente essencial a praticidade. Isso pode ser conseguido através de móveis funcionais, confeccionados com materiais fortes e resistentes para aguentar a inesgotável energia de seus ocupantes.
Ao montar quarto de crianças, procure tornar o ambiente a prova de alergias. Sugiro: pisos de assoalho e laminados, pois são fáveis de limpar e não acumulam poeira; paredes laváveis sem texturas, com cores suaves; o acabamento de móveis de madeira deve ter tintas e vernizes ser atóxiocos; roupas de cama e cortinas de fibras naturais, como o puro algodão e o linho (quanto menos elaboradas as peças melhor, pois isso evita a formação de redutos de poeira).
Infelizmente, nos dias de hoje, é grande a restrição das crianças para desfrutar das delicías da vida na rua e ao ar livre é qual as gerações mais velhas tiveram acesso, seja por questões demográficas, seja por questões ligadas é segurança, esta úlltima tendo assumido uma importância impressionante, nos últimos anos. No interior, ainda é comum a brincadeira de rua, o convívio social nas praias. Nos grandes centros, o mais comum é que esses encontros aconteçam dentro de casa. A infância trancorre praticamente nos limites do quarto, em frente a TV e ao computador.
Se já não se pode ir tanto as ruas, as informaçãos e os estimulos que elas acrescentam a formação das crianças vão para dentro de casa, de maneiras variadas e muitas vezes incontroláveis. A “realidade virtual”, paradoxo terminollógico, pode ser uma aliada ou uma inimiga.
O quarto das crianças, portanto, deixou de ser apenas um espaço onde se dorme e se descansa: é essencialmente, um lugar onde se vive e se sonha!
Nos dias de hoje, é incrível a pressão das crianças junto aos pais e a outros familiares, por privacidade. Elas é que querem determinar a organização de seu espaço, de acordo com suas opiniões e seus desejos, frequentemente reservando espaço especial para a presença dos melhores amigos e das melhores amigas (com direito a pressão constante sobre os pais, via infindáveis telefonemas e tramas, para viabilizar pernoites). A cama extra, como a bicama, tornou-se um item de presença universal nos quartos infantis, isso sem falar naquela colchonete guardada sob a cama.
Esse tipo de quarto pode, então, ganhar ares mais lúdicos, preservando-se bom espaço para a circulação através de diversas adaptação criativas, tais como: camas, uma no chão e outra suspensa, formando um angulo de de 90 graus, uma versão atualizada do beliche; são usados como mesa de cabeceira; caixas coloridas para guardar brinquedos; gaveteiros com rodízios; bancadas para computador e estudos; nichos e prateleiras para organizar os objetos, livros e CDs, etc. Muitas vezes, um “palpite” do ocupante pode ser bastante funcional. Ouvir esses palpites (e, de vez em quando, aproveitá-los) eleva a auto-estima da criança e pode ajudar no caso de algumas dúvidas menores.
Até a próxima semana.